A sigla DIN significa literalmente “Deutsches Institut für Normung”, que é o Instituto Alemão para Normatizações, uma organização sem fins lucrativos que assume o mesmo papel, no Brasil, que a ISSO (Organização Internacional para Padronização, na tradução do inglês).

O instituto tem uma longa história de mais de cem anos, tendo começado como um comitê alemão de normas industriais em 1917. Entretanto, conforme foi ganhando mais notoriedade e relevância a partir das padronizações de pinos, cunhas, desenhos técnicos etc., a sigla DIN se tornou um padrão internacional na indústria.

Nesse artigo, iremos abordar a utilidade da DIN em nossa sociedade e, principalmente, em nossa indústria, e ainda algumas normas que se destacam no segmento de tubos de aço.

Para que serve DIN?

A DIN serve, primordialmente, para padronizar a produção industrial de modo a garantir a qualidade e a segurança na fabricação dos produtos.

Imagine o mundo anterior à criação dessas normas. O intercâmbio comercial era extremamente difícil, pois as normas de um país diferiam de outros e, às vezes, a fabricação era desigual até em solo nacional, o que causava diversos problemas técnicos de engenharia e logística. Além disso, muito material era desperdiçado diante da grande variedade de produtos que causava compras errôneas.

As normas DIN na indústria brasileira são usadas quando não há algo correspondente na ABNT.

Conheça a Norma DIN EN 10305-2

A DIN EN 10305-2 padroniza a fabricação e o fornecimento de tubos de aço carbono de precisão, trefilados a frio, com solda longitudinal. Essa especificação de tubo é caracterizada pela alta resistência adquirida durante o processo de solda por indução e resfriamento, sob os quais o tubo passa para reduzir a sua largura. Isso porque quanto menor for o diâmetro do tubo, mais resistente e mais esteticamente agradável ele se torna para a construção civil.

Tubos fabricados de acordo com essa norma têm uma tolerância bem definida com relação às suas dimensões e uma rugosidade superficial máxima para atender diversos setores industriais.

Com relação ao estado de fornecimento, algumas definições são:

Trefilado duro Sem tratamento térmico.
Alívio de tensão Após tratamento térmico, um passe de trefila com pequena deformação.
Normalizado Após a última trefila, os tubos são normalizados em atmosfera controlada.

Essa norma ainda especifica a composição e concentração química em percentuais mínimos e máximos, além de determinar propriedades mecânicas como a resistência à tração, alongamento e limite de escoamento. Além disso, dimensões externas e internas de diâmetro e espessura, e suas respectivas tolerâncias para mais ou para menos, também são definidas pela DIN EN 10305-2.

Conheça a Norma DIN EN 10305-3

A norma DIN EN 10305-3 para tubos de aço regulamenta a produção e o fornecimento de tubos em aço carbono para aplicações com precisão. Ela substitui a antiga DIN 2394 e tem uma equivalente na ABNT NBR, que é a ABNT NBR 6591.

Os tubos contemplados por esta norma são fabricados por meio de soldagem, isto é, são tubos com costura calibrados e possuem tolerâncias bem definidas para as dimensões e uma rugosidade superficial máxima especificada.

Com relação ao estado de fornecimento, algumas definições são:

Soldado e calibrado Sem tratamento térmico, mas próprio para recozimento.
Recozido Após a soldagem e calibragem, os tubos são recozidos em atmosfera controlada.
Normalizado Os tubos são normalizados em atmosfera controlada.

Conheça a Norma DIN EN 10305-4

A norma DIN EN 10305-4 para tubos de aço regulamenta a produção e o fornecimento de tubos sem costura, trefilados a frio e normalizados para fins hidráulicos e outras aplicações que requeiram tubos que podem ser expandidos e curvados.

Esses tubos devem ser normalizados em forno com atmosfera controlada e acabados com corte de serra em baixa rotação. Além disso, em sua superfície são tolerados – dentro das dimensões permitidas – riscos, marcas e incrustações, contanto que estejam isentas de carepas e fuligens. Já com relação à sua espessura, a tolerância estabelecida é de +/-10%.

Essa norma também contempla especificações de composição química, aparência, dimensões e inspeções.

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