Conheça a Galvanização a fogo em tubos de aço carbono

No mundo dos tubos de aço carbono, a galvanização a fogo é o processo mais utilizado para quem quer obter uma camada de zinco sobre uma peça de ferro ou aço, protegendo o metal-base contra a corrosão.

A galvanização a fogo foi patenteada em 1837 pelo engenheiro Sorel, utilizando como base um estudo feito pelo químico francês Melouin, que descobriu que o recobrimento de zinco poderia proteger o aço da corrosão.

O termo galvanização surgiu a partir do nome de Luigi Galvani, um dos principais cientistas interessados na eletricidade, porque a corrente galvânica é quem protege o aço.

Vamos explicar neste post tudo sobre a Galvanização a fogo em tubos de aço carbono.

Galvanização a fogo: A melhor solução

A denominação de galvanização a fogo, ou a zincagem por imersão a quente, é porque quando o aço carbono e o zinco entram em contato é criada uma diferença de potencial elétricos entre os metais.

Pelo zinco ser mais anódico do que o ferro na série galvânica, o material se sacrifica para proteger o ferro. Por isso, ele corrói e origina a proteção catódica necessária para o ferro não corroer com facilidade quando exposto ao ar.

Caso uma pequena área fique exposta, mesmo assim o metal base não sofre a corrosão justamente pelo zinco anódico aumentar a taxa de corrosão e protege a área descoberta.

Os exemplos mais comuns de produtos que necessitam da galvanização a fogo são as torres de transmissão, suportes aéreos para eletrificação, sustentação de pontes e sistemas de refrigeração.

Pela sua importância e durabilidade, é o modelo mais procurado e o mais seguro para o uso comercial. Para isso, o produto passa por algumas etapas para sua galvanização. Vamos conhecer os processos de proteção do tubo com a galvanização a fogo.

Etapas da Galvanização a fogo

As etapas que compõe a galvanização a fogo são:

• Desengraxamento: a remoção de óleos, gorduras e outros materiais;
• Primeira passagem pela água, removendo o desengraxante, completando a limpeza;
• Faz a decapagem, retirando da camada de oxidação a casca e resíduos de soldas;
• Novas passagem pela água, retirando os sais minerais do metal formado durante a decapagem e resíduos do ácido;
• Aplicação da solução de Cloreto de Amônia e Cloreto de Zinco para ter uniformidade e acelerar a reação Fe-Zn;
• Banho de zinco fundido com 99,99% de pureza e aquecido a 450ºC.

Como a reação química entre o zinco e o ferro é rápida, a maior parte da camada protetora da peça é formada nessa primeira etapa. Esta reação começa a diminuir em sua velocidade e a espessura da camada não aumenta consideravelmente, mesmo banhada por um longo tempo.

Depois dos banhos de zinco, a peça passa por uma neutralização, com a aplicação de uma proteção ao revestimento do zinco e a apassivação da camada para, futuramente, receber uma camada de tinta, o que prolonga sua durabilidade.

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